Os colaboradores não querem retornar aos escritórios porque não veem sentido para este retorno.  Então para dar este sentido, é preciso construir o novo modelo junto com eles. Ouvindo-os. Só assim se interessam na volta aos escritórios pois fará sentido para eles. Afinal terão contribuído na construção do sentido.

O Retorno aos escritórios

O Banco americano Goldman Sachs com 10 mil colaboradores convocou os colaboradores de volta ao escritório. E apenas 50% deles apareceram no dia da abertura- Fonte Exame Julho/22.

O CEO da Starbucks implorou aos colaboradores para retornarem aos escritórios. Sem sucesso.

Estas e muitas outras notícias relacionadas ao retorno aos escritórios foram publicadas nos canais de comunicação nos quatro cantos do mundo. E os resultados foram surpreendentes…

E por que os colaboradores não querem retorno ao escritório?

Os colaboradores não querem retornar aos escritórios porque não veem sentido para este retorno ao escritório.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Adobe UM em cada TRÊS colaboradores sente que seu gerente ou empresa projetou políticas de retorno ao trabalho com pouca contribuição dos Colaboradores.

Antes de definir o melhor modelo de trabalho remoto ou trabalho híbrido para sua empresa, ouça os seus colaboradores. Ouvi-los poderá apoiar as organizações no desenho ideal de trabalho flexível! E por que isso é importante? Para manter o engajamento e a felicidade no trabalho remoto a resposta do melhor formato de trabalho flexível a ser implementado está com os colaboradores! Se há um desejo de investir nos aspectos humanos do trabalho, ouvi-los é um diferencial.

Ouça seus colaboradores para descobrir o que eles precisam para que o modelo seja estruturado com base também naquilo que eles anseiam.

E sabemos que o contexto no qual vivemos exige líderes que possam ser flexíveis. Isso inclui a capacidade de se manter aberto a novas ideias e perspectivas que podem se originar de uma fonte de consulta incrível: os colaboradores que exatamente fazem parte deste contexto e de sua organização!

Afinal, Liderança é diálogo! *A Harvard Business Review traz um artigo reforçando que “A comunicação empresarial tradicional deve dar lugar a um processo mais dinâmico e sofisticado. E o mais importante: esse processo deve ser fundado no diálogo.”

E TOM PETERS, escritor e economista americano especializado em práticas de gestão de negócios, já abordava há tempos a questão da importância de ouvir

“Ouvir, aliás, é um de seus grandes conselhos: prestar atenção no que os outros têm a dizer é a maior demonstração de respeito por eles.”

E para apoiar neste diálogo e na decisão de como será a dinâmica de trabalho flexível e os momentos que estarão nos escritórios algumas questões podem servir de aquecimento …

E não podemos de conectar esta escuta também, claro, ao olhar dos executivos considerando a cultura desejada para a organização. Isto deve ser a pedra fundamental no momento de escolher o modelo de trabalho e como será a dinâmica dele operacionalmente falando, além da escuta dos colaboradores. E não menos importante, considerar também as necessidades de seus clientes nesta escuta.

Outro ator fundamental neste processo é ter o RH no trabalho remoto apoiando. O RH como parceiro de negócio poderá contribuir nas reflexões e impactos das decisões com relação ao novo modelo tais como competências que necessitarão ser desenvolvidas, os valores que deverão ser reconhecidos e serem parte das movimentações, promoções, feedbacks, além de adaptar as políticas de RH para apoiar novas formas de trabalho deste futuro que está sendo construído ou que necessita ser remodelado.

Existem muitas variantes/frequências de idas ao escritório no formato de trabalho híbrido que você deve considerar para determinar a combinação certa para sua cultura e empresa.

Conforme Pesquisa realizada pela *Robert Half Empresa global de consultoria de RH, com sede em Menlo Park, Califórnia as variações que tem sido práticas no trabalho híbrido pelas empresas, ou seja, quantos dias de presencial, atualmente no modelo flexível estão assim distribuídas:

30% das empresas estão praticando 3 dias na semana;
28% das empresas estão praticando 2 dias na semana;
27% das empresas estão ainda sem definição;
6% das empresas estão praticando 1 dia na semana;
4% das empresas estão praticando 4 dias na semana.

Mais do que nunca, é preciso enxergar que pessoas precisam ser priorizadas sobre processos. Considerá-las no centro das decisões traz impactos significativos nos resultados do negócio ao mesmo tempo que trará sentido ao retorno ao escritório.

Modelos de trabalho híbridos, feitos da maneira certa, permitirão as empresas não só atrair os talentos   como também criar valor para todas as partes interessadas.

* Esta conclusão foi baseada em uma pesquisa realizada através de entrevistas com profissionais da comunicação e altos dirigentes de uma série de organizações, grandes e pequenas, blue-chips e startups, com ou sem fins lucrativos, americanas ou não, com cerca de 150 pessoas e mais de cem empresas.

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